domingo, 11 de outubro de 2009

O ENTRE

O que é um entre? Isso pode ser interpretado de várias formas, mas a ultima que vem a cabeça é a definição mais importante. É o entre um e outro, definindo melhor, entre as pessoas, entre as relações. Ainda está vago, mas no final tudo terá um encaixe. O que seria desse texto se não houvesse relação entre eu e minha mente neste momento, eu e minhas mãos, eu e meu computador? A partir do momento em que eles existem, eu percebo a diferença que isso faz, e assim temos uma relação de entre. O entre é de total importância para as pessoas, é ele que possibilita uma conexão entre elas. Nada mais é do que uma troca, uma situação de estar disponível para o outro, dar suporte, segurá-lo nem que seja com os próprios pés. São poucos os momentos em nossa vida em que sentimos essa segurança, e é muito menor o numero de pessoas que estão dispostas a abrir mão do seu próprio "eu" para colocar o eu do outro em questão. Quem já sentiu o entre pode dizer o quanto a verdade é nítida, o quanto nesse momento ficamos vazios por dentro, é nessa hora que sentimos que estamos dispostos a nos encher aos poucos com aquilo que o outro que o outro precisa. Se pensássemos no entre ao menos um momento do dia, não estaríamos preocupados com coisas banais que nos afetam bestamente. É ele, o entre, a verdade, a disponibilidade que precisamos nos focar.É nele que encontramos a humildade, e o que é humildade? É ter a coragem de pensar, é pequeno, mas é meu e vem do coração.

Juliana Fera de Campos

Texto produzido para aula de Língua Portuguesa no 3º semestre de Comunicação Social

domingo, 31 de maio de 2009


Bom, acho que estou mesmo pegando gosto por teatro.
Ontem pude prestigiar a peça Cachorro Morto aqui na minha querida Bragançaaaaa!!!! A cidade estava com projeto de maio cultural, por isso trouxe para a peça em um novo centro cultural daqui em duas únicas apresentações. Por contar com uma prima de uma prima minha que é da cidade, acredito que tenha facilitado um pouco. É um grande avanço para a cidade poder prestigiar uma peça tão boa quanto essa e ainda com entrada franca. Mas a peça também infelizmente encerrou sua temporada em cartaz em São Paulo, no Teatro Imprensa; e contou com três estrelas no conceito da Veja(apesar de eu acreditar que merece pelo menos quatro).
O roteiro foi inspirado em três livros: o inglês e premiado The Curious Incident of the Dog in the Night-time,de Mark Haddon; A Música dos Números Primos, de Marcus du Sautoy; e Nascido num Dia Azul, do autorDaniel Tammet. A peça une teatro e animação digital para contar a história de um rapaz que, ao fazer perguntas às variadas formas de ciência, acaba encontrando uma maneira nova e toda especial de olhar o mundo, levando o espectador a rever seus conceitos e se abrir para o diferente.
E para retratar o mundo dos autistas os atores vivem: Bruno, que sabe de cor todos os países do mundo e suas capitais e também os números primos de quatro algarismos. Luciana que gosta do estado de Massachussets, mas não entende nada de relações humanas. Thiago e Maria Amélia adoram relógios, cálculos e verdades absolutas. E Aline, que odeia amarelo e não suporta ser tocada.
Um dia eles encontram o cachorro da vizinha morto no jardim, e com isso resolvem montar uma "peça de mistério e assassinato", para tentar descobrir quem matou Wellengton. E no decorrer da investigação surge outro mistério que no final resolvem os dois problemas.
Com espetaculares atuações que gera uma surpreendente conexão entre os atores, nós (platéia) não conseguimos desgrudar os olhos e atenção um minuto sequer durante a peça. Somos sugados de uma tal forma que mesmo sendo um pouco complexa, conseguimos entrar na mente do personagem e sentir como se estivessemos passando por aquela situação de perturbação.
A peça não conta conta com muitos recursos cenográficos, somente um painel feito com post-it que acaba sendo indispensável para um certo momento da peça.
Os atores para interpretarem os papeis fizeram laboratório no AMA (Associação de Amigos do Autista) e buscou observar e dialogar com as pessoas atendidas no local.
Cachorro Morto tem texto e direção de Leonardo Moreira e conta com os atores Aline Filócomoumadas criadoras do Prêt-à-Porter 8 (prima da minha prima), de Antunes Filho –, Luciana Paez, Bruno Freire, Thiago Amaral e Maria Amelia Farah.

O fingidor

Bom, vou comentar aqui uma peça que vi na sexta feira passada, O fingidor. A peça dirigida porSamir Yazbek, é uma ficção que relata a vida e obra de Fernando Pessoa. O poeta, em seus ultimos dias candidata-se a vaga de datilógrafo de um crítico literiario que procura estudar a fundo as obras de Fernando Pessoa. Ele consegue a vaga, porém esta desfarçado de Jorje Madeira, que em alguns momentos é "perturbado" por seus heterônimos.

Para quem está pensando que a peça é monótona e cansativa, se engana profundamente. O espetáculo nada tem de recital de poesias ou biografia. Procura relatar de forma bem humorada uma etapa da vida do precioso poeta de Portugal. É possível dar boas risadas durante o teatro e se admirar com as perfeita atuações do elenco, como a de Fernando Pessoa/Jorge Madeira (Hélio Cícero), Eduardo Semerjian (José Américo- que também atuou como Francisco Matarazzo na minisérie Maysa), e minha querida professora de teatro Rubia Reame (Henriqueta Madalena), entre otras belíssimas atuações. Além de um cenário simples formado apenas por um escritório, uma mesa de café e um quarto imaginário; que joga com biombos durante as cenas e com jogo de luz espetacular!

Portanto pessoal, VALE A PENA ASSITIR e comprovar que nem sempre uma peça inspirada em literatura é cansativa!



“O autor desvenda o íntimo de Fernando Pessoa nessas cenas divertidas, bem-humoradas e que conseguem atingir, plenamente, o objetivo de revelar as outras facetas de sua personalidade. (...) E é esse Fernando Pessoa humanizado pelas suas próprias ações, e não apenas pela sua poesia ou pelos seus textos, que emerge em ‘O Fingidor’ e encanta o público”.
Aguinaldo Ribeiro da Cunha (Diário de São Paulo)



“Samir Yazbek faz um espetáculo encantador pela simplicidade com que trama o imaginário e o ‘real’”.
Mariângela Alves de Lima (O Estado de São Paulo)

Dá pra ver um trechinho da peça nesse link aqui: http://jovempan.uol.com.br/media/online/index.php?view=28410&categoria=55


A peça O fingidor fica em cartaz até o dia 28/06/2009
Onde: TUCA – Rua Monte Alegre, 1024 - PerdizesTemporada: 04 de Abril a 28 de Junho de 2009
Horários: Sexta e sábado às 21h30 e domingo às 19 horas
Recomendação: 14 anos
Duração: 1 hora e 40min.
Ingresso: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (¹/2 entrada)
PUC-SP: R$ 10,00 (estudantes, professores e funcionários)
Aluno ESPM : R$ 15,00 (com carteirinha)
Televendas de Ingressos: (11) 2198-7726. Aceita todos os cartões de crédito.
Estacionamento conveniado: Riti Estacionamentos - Rua Monte Alegre, 835 - R$10,00 - 3167-7111
Olá..
vou postar aqui uma a primeira resenha crítica que fizemos esse semestre para a aula de Língua Portuguesa.
Resenha Crítica do livro “ O que é ideologia”





O livro “o que é ideologia”, é de autoria de Marilena Chauí. Esta consagrada escritora, também é filósofa, professora acadêmica e atuante na política. Teve como objetivo escrever essa obra para ajudar na formação acadêmica. A obra é composta por 125 páginas e dividida em 3 capítulos, o primeiro Partindo de Alguns Exemplos, o segundo Histórico do Termo e o terceiro A Concepção Marxista de Ideologia. A partir disso pode-se definir que a proposta central do livro é definir claramente como a ideologia evoluiu e como é definida na visão marxista, pois a explicação sobre o tema é mais complexa do que possa parecer. A ideologia tem raízes profundamente históricas, antropológicas, filosóficas e sociológicas.
O primeiro a empregar o termo ideologia foi Destutt de Tracy, mas os conceitos sobre ideologia são citados desde a Grécia Antiga como a teoria aristotélica das quatro causas: Causa material (matéria); causa formal ( forma); causa eficiente (o trabalho do marceneiro);causa final (o motivo dela ser feita), concepção essa que tem a ver com a divisão social. E é desta divisão que parte-se para concepção de dominante e dominado, de visão Marxista, que diz que a ideologia surge quando há divisão do trabalho manual do intelectual. Portanto o trabalhador assalariado é submetido ao poder do proprietário, e assim a ideologia é encarada como a dominação de uma dominante.
Essa linha de raciocínio continua durante o livro, assim Marx afirma que a ideologia não é a expressão de uma realidade e sim do que ela parece transparecer. Relacionando esse conceito com a busca constante de compreensão do ser humano, pois essas idéias tenderam a esconder dos homens as reais relações sociais do modo de como foram produzidas e origem das formas sociais de exploração econômica e dominação política.
Portanto o real papel da ideologia é mostrar o que uma dominação e exploração são acontecimentos que a sociedade em questão deseja ocultar, assim não deixando que as pessoas inclusas nesse meio tenham consciência do que está acontecendo a sua volta, ou seja, acabam por ficar alienados. E essa conclusão nos entender, realmente, o é uma ideologia, de que esta não é somente um conjunto de crenças, idéias, regras. Assim, a função dela também é explicar racionalmente a divisão social de classes, assim tentando apagar as diferenças e tentar passar um sentimento de igualdade a todos.
A leitura desta obra é um pouco complexa, necessita de muita atenção e um certo conhecimento básico para um bom entendimento. O livro se tornou mais claro a mim quando foi discutido em aula, na qual foram completados os conceitos vistos logo no começo, como, por exemplo, o de que a nossa ideologia muda de acordo com a mudança do nosso repertório, e de que para nos comunicarmos com um grupo precisamos saber a sua ideologia, e é neste ponto que acredito estar o real motivo de termos lido este livro tão desafiante. Para um futuro profissional de comunicação é imprescindível a dominação do tema, para que no futuro não cometa falhas que poderiam ser evitadas antes.




Juliana Fera de Campos

sábado, 30 de maio de 2009

Oi ..essa sou eu e meu blog!

Olá pessoas!
Para quem não me conhece eu sou Juliana Fera (para uns sou Ju ou só Fera), tenho 19 anos, sou de Bragaaaaaaaaança Paulista (terra da Linguiça) e estou no segundo semestre de Comunicão Social na ESPM. Não estou trabalhando e nem estagiando ainda, somente me dedico a faculdade e ao grupo de teatro da faculdade, os Tangerinas.Muitos me perguntam como eu consigo ficar duas tardes inteiras no teatro estando em um dos semestres mais loucos da faculdade, e a resposta é que se não fosse o teatro eu já teria enlouquecido,concerteza. Foi nesse lugar que encontrei pessoas realmente verdadeiras que estão ali para "suportar os coleguinhas" sem julgamento,um lugar de apoio para meus problemas, fazer muuuuitos amigos e semduvida me divertir!
Já faz um tempinho que eu fiz esse blog, mas nunca tinha postado aqui antes. Quem faz Espm sabe como é, muitos trabalhos,provas e com tudo isso muuuuuuuita correria, ao ponto de enlouquece uma pessoa, e deixá-la somente com a "carcaça" porque tudo q tinha dentro dela já acabou. Mas força galera, as férias estão ai!Esse blog tinha como intenção inicial somente colocar alguns textos para a aula de língua portuguesa, porém somente nessa primeira postagem acho que ja estou começando a me apegar a ele.
A idéia da professora Regina nos mandar fazer ele foi muito boa, porque uma obrigação esta se tornando uma diversão e que vai nos ajudar muito no futuro.Estou aqui hoje, nos 42 minutos do 2º tempo, estou atrasada eu sei, mas prometo q vou tentar agitar bastante a garrafa de Coca Cola para ter mais gás. E espero que acabando essa semana totalmente MALUCA que vou passar agora, eu consiga me dedicar um pouco mais ao meu bloguinho!
Então é isso,
Beijos para todos e muuuita GARRA!!!